2022, foi um ano de transição que deixou um rasto de vários ataques, uns foram tornados públicos e outros nem tanto. Com esta tendência a aumentar face ao contexto social e internacional, estarão as nossas empresas preparadas para o que vem aí?
Conheça algumas das entidades portuguesas vítimas destes ataques:
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- 26 dezembro 2022 – “Porto de Lisboa alvo de ataque informático no dia de Natal”
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- 15 dezembro 2022 – “INEM Alvo de ataque informático”
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- 3 outubro 2022 – “BCP alvo de ataque informático que condicionou acesso ao site e aplicações”
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- 23 setembro – “Câmara de Loures alvo de ciberataque “malicioso e deliberado””
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- 20 setembro 2022 – “Rede do Estado Maior General das Forças Armadas terá sofrido novo ataque informático”
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- 15 setembro 2022 – “Websites do Sporting e FC Porto indisponíveis devido a ataque DDoS”
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- 26 agosto 2022 – “A TAP foi alvo de ciberataque, mas voos não foram comprometidos”
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- 30 março 2022 – “Dona do Continente confirma ataque informático nas últimas horas”
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- 14 fevereiro 2022 – “Ciberataques: Laboratórios Germano de Sousa mantêm-se encerrados”
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- 30 janeiro 2022 – “Hackers que atacaram SIC e Expresso dizem ter pirateado site do Parlamento”
Infelizmente a tendência é que estes casos aumentem nos próximos anos culminando numa tempestade perfeita, pelo que as empresas têm de estar preparadas.
são escolhidos
O que pode constituir um ALVO de interesse para o cibercrime?
Existem características específicas que podem constituir um alvo de interesse para o cibercrime, nomeadamente:
- Alta visibilidade
- Reputação
- História, importante para a sociedade em geral
- Participação no mercado
- Operações de Serviços Essenciais
- Gestão de dados importantes, pelo volume ou sensibilidade
- Serviços de natureza crítica, tais como:
- Propriedade intelectual e segredos comerciais;
- Dados de clientes e informações pessoais;
- Informações financeiras e sistemas de pagamento;
- Infraestruturas críticas e sistemas de controle;
- Informações sensíveis do governo ou militares;
Contexto Geopolítico Internacional
No início de 2023 foi noticiado por vários meios nacionais e internacionais que o grupo KillNet – Pró Russia, estaria a preparar ataques DDOS contra os apoiantes da Ucrânia, entre eles, os países da OTAN e os seus aliados, o que inclui Portugal.
A 1 fevereiro 2023, as autoridades holandesas confirmaram que vários hospitais europeus foram alvo de hackers pró-Rússia por este mesmo grupo.
O Centro Nacional de Cibersegurança da Holanda (NCSC) afirma que um dos seus hospitais sofreu um ciberataque durante um fim de semana, apontando que outros estados europeus que apoiam a Ucrânia também foram atacados. Estes dados foram confirmados pelo artigo da Infosecurity Magazine, publicado na altura.
E nós?
Embora Portugal tenha sido proativo na implementação de medidas para proteger as suas organizações e cidadãos, ainda estamos longe de alcançar uma postura ciber-resiliente.
Depois de ter adotado uma “postura pedagógica” o diretor geral do Centro Nacional de Cibersegurança e do Gabinete Nacional de Segurança avisou que a autoridade está a mudar de estratégia e vai começar a aplicar coimas.
Em causa está a aplicação do Decreto-Lei 65/2021 que define as obrigações das organizações que prestam serviços críticos. Infelizmente as organizações não está a cumprir com estas obrigações e já começaram a ser notificadas sendo que muito em breve serão aplicadas coimas.
Qual é o impacto financeiro e reputacional na nossa empresa se os dados dos nossos clientes forem expostos na darkweb?
E se os dados forem completamente apagados??
Não existem sistemas 100% seguros, mas existem medidas que as empresas podem e devem adotar para manter os dados seguros e mitigar possíveis falhas de segurança e tentativas de intrusão. De entre estas medidas, destacam-se:
- Parceria com empresas especializadas em Cibersegurança para acompanhamento e aconselhamento próximo e contínuo;
- Realização periódica e regular de testes de penetração (pentest) para identificar vulnerabilidades e ter a oportunidade de corrigi-las antes que sejam exploradas por cibercriminosos;
- Utilização de criptografia em dados pessoais, financeiros ou qualquer outro de natureza sensível;
- Utilização de mecanismos de segurança e controlo técnicos como firewalls, IDSs e IPSs;
- Realização de backups de dados regularmente para garantir a recuperação de dados em caso de falha de sistema ou ciberameaças;
- Implementar ações de treino e formação de funcionários para que estes estejam preparados para reconhecer e responder a ciberataques prontamente e adequadamente.
Empresas de serviços críticos/essenciais ou com elevada necessidade dos sistemas informáticos para a continuidade de negócio devem ter, obrigatoriamente, auditorias de segurança periódicas e aconselhamento especializado.
Os nossos especialistas
Rui Carreira, Senior Pentester & Team Lead Manager at Roboyo Portugal
“Estamos a trabalhar em proximidade com algumas organizações que gerem e tratam dados de natureza sensível. Isto inclui empresas do setor financeiro, serviços essenciais, estatais e governamentais. De uma forma resumida, o meu trabalho é uma espécie de jogo do rato e do gato. Recorremos a ferramentas e técnicas utilizadas por cibercriminosos para aproximar os nossos testes de segurança a cenários reais de ciberataques. No entanto, estamos surpreendidos com a quantidade de vulnerabilidades que temos identificado e respetivos níveis de criticidade. Ficamos contentes com a possibilidade de ajudar estas empresas a melhorar a sua postura de segurança e a tornarem-se mais resilientes a ciberameaças.”
Hugo Almeida, Implementation Specialist Iso at Roboyo Portugal
” Na realidade, os tempos são desafiantes. O Decreto Decreto-Lei n.º 65/2021, de 30 de julho veio acrescentar alguma organização e orientação ao processo de adaptação das entidades no uso de boas práticas no âmbito da Cibersegurança. As instituições por vezes são vítimas do seu tamanho, e é um processo complexo instituir novas práticas, quer pelo volume de ativos, quer pela quantidade de colaboradores, fornecedores e área de operações ou de negócio. Penso que o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) tem feito um louvável trabalho de sensibilização e pedagogia. Do nosso lado, cá estaremos para ajudar e orientar os nossos parceiros a continuarem em cumprimento e mais tranquilos!”
Para mais informações contacte-nos.
MORADA
Rua Soares dos Reis, nº765 – 3
4400 – 317 Vila Nova de Gaia
Portugal